Poucos são os gestores que são capazes de oferecer feedbacks capacitadores, e as razões para isso são várias e podem ser tanto da falta de tato de quem o oferece ou mesmo de profissionalismo – podendo chegar a ser interpretado como um insulto.
Entretanto, também existe a parte ouvinte da questão, que muitas vezes pode interpretar o feedback dessa forma, por falta de maturidade ou mesmo por receio – por isso é preciso entender que esse retorno tem como função causar um impacto positivo na produtividade de quem recebe.
Para isso, é preciso que se ofereçam feedbacks capacitadores e uma das técnicas mais eficientes nesse processo é o feedback Burger – que tem sido amplamente utilizado, devido à sua eficácia em promover melhorias para ambas as partes.
Por isso, conhecer esta forma de oferecer um retorno é essencial tanto para aumentar a motivação dos profissionais quanto para melhorar o desempenho da organização. E é disto que este artigo vai tratar, por isso, leia-o até o fim e entenda mais sobre este método.
O que é o Feedback Burger?
O Feedback Burger é um meio de oferecer ao profissional feedbacks capacitadores que tenderão a surtir efeitos positivos em sua produtividade e, mais importante, salientar de que formas é possível oferecer os melhores serviços.
Entretanto, diferente de outras formas de feedback, o feedback Burger tem como benefício “desarmar” o funcionário antes de oferecer esse retorno verbal sobre o trabalho que ele vem exercendo atualmente na empresa.
Isso porque ele é composto de três camadas, como um sanduíche, que fazem com que o processo de conversação se torne o menos apreensivo possível. Por isso é preciso entender muito bem quais são e como funcionam essas três camadas para que se possa adotar em seu processo de coaching.
Primeira camada: Elogio
Para quebrar o gelo (e muitas vezes a expectativa) do ouvinte, o mais importante é fazer com que ele se sinta confortável com a situação a qual está sendo submetido.
Por essa razão é preciso um acompanhamento dos processos e conhecer quais são as qualidades e não apenas o ponto a ser discutido nesse feedback.
É importante também que se evite o uso de construções adversativas para passar ao passo seguinte. Palavras como “mas”, “porém” etc. Afinal, como disse Tyrion do seriado Game of Thrones: “tudo o que vem antes do ‘mas’ não tem valor”.
Por isso cuide para que esse elogio seja verdadeiro e que a transição para o tópico seguinte seja natural ou um “a mais”.
Segunda camada: pontos de melhoria
Aqui segue o recheio, que deve ser preenchido com a forma mais clássica de feedback, buscando alternativas para que haja melhorias no modo como o colaborador tem feito o seu trabalho.
Tudo isso deve ser feito de maneira a servir como um agregador de valores ao funcionário, por isso feedbacks capacitadores são importantes: pois têm como objetivo final trazer o melhor que o funcionário é capaz de trazer.
Este “sanduíche” pode ser preenchido ainda com sugestões e observações por parte do ouvinte, para que isso também possa ser levado em consideração em um planejamento futuro.
Esse processo deve tomar boa parte do tempo do feedback, entretanto é importante, que, mais do que enxergar problemas e falhas, o foco aqui é buscar soluções.
Terceira camada: reforço
Esta terceira camada é um reforço da primeira, encerrando o assunto focando no futuro e se utilizando de estímulos para que o interlocutor tenha em mente que tanto o feedback quanto o elogio fazem parte de uma experiência construtiva para ele como profissional. Se utilizando de feedbacks capacitadores, como o feedback Burger, é possível obter os melhores resultados de sua equipe, além de transformar este retorno individual em um processo menos “doloroso” e positivo para o funcionário e para o seu negócio.